Essas técnicas são particularmente importantes nos dias de hoje, em que a competição é muito acirrada em todos os níveis e as pessoas realmente esqueceram os valores básicos da boa convivência, respeito, tolerância e amor. E assim, acabamos sendo bombardeados por energias de todos os tipos, provenientes principalmente de pensamentos e sentimentos negativos.
Diariamente somos envolvidos por todo tipo de imagens e ideias oriundas das mais diversas fontes que nem sempre manifestam conteúdos positivos. Nesse contexto, podemos citar os programas de televisão, filmes, comerciais, propagandas, telejornais e a maioria das letras das músicas que tocam no rádio e em diversos ambientes o dia inteiro. Quando andamos pela cidade somos diariamente bombardeados por uma infinidade de informações sem tomar consciência.
Para muitas pessoas, a voz da televisão ou do rádio, por exemplo, pode trazer de fato uma reconfortante sensação de companhia até que adormeçam. Mais do que nunca, porém, é fundamental percebermos como a grande quantidade de informações que recebemos através dos meios de comunicação de massa é capaz de interferir em nossa vida, em nossas relações sociais, em nossas decisões e na realidade que nos cerca. Na verdade, eles não só informam e divertem, mas também influenciam valores, crenças e comportamentos.
Tal influência, evidentemente, pode ser positiva ou negativa. Não há como negar que, através dos tempos, muitos filmes e novelas vêm, por exemplo, questionando preconceitos e denunciando comportamentos pouco éticos. Por outro lado, não podemos esquecer que, não raro, personagens do cinema ou da telinha desempenham o papel de garotos-propaganda, exibindo produtos de higiene e toalete, alimentos, bebidas, lazer, moda, cultura e, sobretudo, valores que na maioria das vezes nos levarão para mais longe de nós mesmos. Em outras palavras, por trás do divertimento há uma verdadeira indústria achatando e formatando a consciência das pessoas, que estão sendo reduzidas a meros consumidores.
De indivíduos livres e capazes de ter opiniões próprias, passamos a ter necessidades criadas pela mídia; de modo geral, somos governados pelos meios de comunicação. Sofremos um processo de massificação que por um lado nos torna iguais e, por outro, nos propõe a ilusão da liberdade, já que nos faz acreditar que somos livres para escolher. Resumindo, a sociedade impõe à pessoa a realidade que ela deve adotar como referencial exclusivo para a sua orientação no mundo. É, portanto, através da intimidação ideológica que se alcança a domesticação das pessoas, a qual facilita a manipulação e o controle social.
Além disso tudo, há também todo o campo da magia negra. Você não deve ser ingênuo a ponto de pensar que isso não existe e não pode acontecer, pois existe e acontece frequentemente. Quando você está física, psicológica ou espiritualmente enfraquecido, torna-se presa fácil de ataques psíquicos do plano astral inferior.
E, na verdade, não temos como fugir dessas energias que se manifestam nas grandes cidades que normalmente têm seus campos energéticos caracterizados pela agressividade, medo e atividades de ritmo muito acelerado. No escritório, onde também há um tremendo estresse causado por tensão, preocupação, ansiedade, irritabilidade, raiva, depressão, inveja, críticas dos colegas, pressões psicológicas, problemas pessoais e, quer gostemos ou não, se convivermos por um determinado período de tempo nesses ambientes, acabaremos sendo influenciados por seu campo de energia.
Nem mesmo em nossos lares estamos salvos, pois muitas vezes somos compelidos pelas circunstâncias a interagir com pessoas que não são saudáveis, algumas delas são extremamente pessimistas, mau humoradas ou depressivas. E, mesmo que essas energias não sejam direcionadas diretamente para nós, sua constante projeção acaba por nos contaminar. Apesar de muitas pessoas espiritualizadas não gostarem de admitir, a vida é uma batalha. Mesmo o grande Yogananda disse: “A vida é um campo de batalha”. No Bhagavadgita, Krishna roga a Arjuna que: “Se desfaça de sua covardia, erga-se e lute.” Jesus enfatiza a importância de estar atento a Deus e a seu reino.
A luta acontece em vários planos. Primeiro você luta para permanecer atento, consciente e alerta, não caindo naquilo que chamo de piloto automático. Segundo, você luta para manter sua mente limpa de pensamentos negativos. Luta para evitar que o ego, o orgulho, a vaidade e as ilusões do mundo material dominem sua vida. Luta para permanecer interiorizado, equilibrado e em paz. Você precisa aprender a ser um guerreiro espiritual, a ser disciplinado, determinado, pacífico e amoroso.
O guerreiro espiritual possui consciência e assume a responsabilidade pela sua própria vida. O guerreiro está consciente do ponto onde se encontra e da disciplina mental que tem que manter para estar sempre alerta. Não a disciplina do soldado, mas a disciplina do guerreiro. Não a disciplina do exterior para nos dizer o que fazer e o que não fazer, mas a disciplina e a coragem para sermos nós mesmos. Não importa o que aconteça.
O guerreiro possui o controle. Não o controle sobre o outro ser humano, mas o controle sobre suas próprias emoções, controle sobre o próprio eu. É quando perdemos o controle que reprimimos nossas emoções, não quando estamos no controle. A grande diferença entre um guerreiro e a vítima é que a vítima reprime, o guerreiro controla. A vítima reprime porque tem medo de mostrar as emoções, medo de dizer o que deseja dizer.
Controlar não é a mesma coisa que reprimir, controlar é segurar as emoções a fim de expressá-las no momento adequado e da maneira adequada, nem antes nem depois. O guerreiro possui controle completo sobre suas emoções e, portanto, sobre seu comportamento.
Agora você sabe que está em suas mãos continuar com a postura de vítima, culpando e delegando seu poder aos outros, o assumir o autocontrole e a responsabilidade pela sua própria vida criando uma nova realidade pessoal.
Comentários